Sistema
Digestório
Você já pensou sobre
o que ocorre com os alimentos após entrarem em nosso corpo? Depois de comermos,
vários processos transformam aquilo que ingerimos em um composto digerido,
formado por partes diminutas que poderão passar pelas paredes dos nossos
órgãos. Chamamos esses processos de sistema digestivo, ou sistema digestório.
O Sistema
Digestório (ou Digestivo) no seres humanos é constituído de:
·
Boca
·
Faringe
·
Esôfago
·
Estômago
·
Ânus
Anexos ao sistema
existem os órgãos: glândulas salivares,pâncreas, fígado, vesícula biliar,
dentes e língua.
O
sistema digestório é responsável pela digestão.
Boca
A boca é a porta de
entrada dos alimentos e a primeira parte do processo digestivo. Ao ingerir
alimentos, estes chegam à boca, onde serão mastigados pelos dentes e
movimentados pela língua. Acontece a
digestão química dos carboidratos, onde o amido é decomposto em
moléculas de glicose e maltose.
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A língua
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
Dentes
Dentes - são anexos da cavidade bucal possuindo a
coroa e raiz. A coroa consiste de tecidos mineralizados, o esmalte e dentina .
O tecido mineralizado da corôa é cemento e a dentina. São responsáveis por amassar, triturar e cortar os alimentos.
Faringe
Órgão
musculomembranoso, tubular, que se estende da base do crânio até a 6ª vértebra
cervical. É um órgão comum aos sistemas respiratório e digestório, servindo
como canal alimentar e via aérea.
Esôfago
O esôfago,
canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do
coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo
alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo.
Estômago
O
estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do
abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o
esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos
proteicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao
estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se
tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a
forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por
ângulos agudos.
Segmento superior: é o mais volumoso,
chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas partes
superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que
termina pela pequena tuberosidade.
Segmento inferior: é denominado
"porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um
esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda
esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é
o cárdia.
As túnicas do estômago: o estômago
compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito
desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco
gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou
arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua
homogeneização.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido
claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco,
enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre
0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos,
auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é
secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células
que o produzem. Por ação do ácido clorídrico o pepsinogênio, ao ser lançado na
luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de
proteínas.
A pepsina, ao catalizar a hidrólise de proteínas,
promove o rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem
todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas permanecem
intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e
aminoácidos livres.
A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das
proteínas do leite, é produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses
de vida. Seu papel é o de flocular a caseína, facilitando a ação de outras
enzimas proteolíticas.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de
muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de
estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa
estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por
isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície
estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre
desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa
da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram
(úlceras gástricas).
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco,
necessário à absorção da vitamina B12.
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até
quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas
contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa
acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando
por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado
no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão.
Intestinos
Intestino Delgado
No intestino delgado ocorre a maior parte da
digestão e absorção do que foi ingerido. Este órgão é compreendido pelo
duodeno, jejuno e íleo, e o processo se inicia nessa primeira porção. Lá, com
auxílio do suco intestinal, proteínas se transformam em aminoácidos, e a
maltose e alguns outros dissacarídeos são digeridos, graças a enzimas como a
enteroquinase, peptidase e carboidrase.
No duodeno há, também, o suco pancreático, que é lançado do pâncreas através do canal de Wirsung. Este possui bicarbonato de sódio, tripsina, quimiotripsina, lipase pancreática e amilopsina em sua constituição, que permitem com que seja neutralizada a acidez do quimo, proteínas sejam transformadas em oligopeptídios, lipídios resultem em ácidos graxos e glicerol, carboidratos sejam reduzidos a maltose e DNA e RNA sejam digeridos. A bile, produzida no fígado, quebra gorduras para que as lipases pancreáticas executem seu papel de forma mais eficiente.
A digestão se encerra na segunda e terceira porção do intestino delgado, pela ação do suco intestinal. Suas enzimas: maltase, sacarase, lactase, aminopeptidases, dipeptidases, tripeptidases, nucleosidades e nucleotidases; permitem que moléculas se reduzam a nutrientes e estes sejam absorvidos e lançados no sangue, com auxilio das vilosidades presentes no intestino. O alimento passa a ter aspecto aquoso, esbranquiçado, e é chamado, agora, de quilo.
No duodeno há, também, o suco pancreático, que é lançado do pâncreas através do canal de Wirsung. Este possui bicarbonato de sódio, tripsina, quimiotripsina, lipase pancreática e amilopsina em sua constituição, que permitem com que seja neutralizada a acidez do quimo, proteínas sejam transformadas em oligopeptídios, lipídios resultem em ácidos graxos e glicerol, carboidratos sejam reduzidos a maltose e DNA e RNA sejam digeridos. A bile, produzida no fígado, quebra gorduras para que as lipases pancreáticas executem seu papel de forma mais eficiente.
A digestão se encerra na segunda e terceira porção do intestino delgado, pela ação do suco intestinal. Suas enzimas: maltase, sacarase, lactase, aminopeptidases, dipeptidases, tripeptidases, nucleosidades e nucleotidases; permitem que moléculas se reduzam a nutrientes e estes sejam absorvidos e lançados no sangue, com auxilio das vilosidades presentes no intestino. O alimento passa a ter aspecto aquoso, esbranquiçado, e é chamado, agora, de quilo.
Intestino grosso
É o local de absorção de água, tanto a ingerida
quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos
por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa
do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu
trânsito e eliminação pelo ânus.
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em
ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e
reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o
esfíncter anal.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no
intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não
assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra
bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não
são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da
massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de
serem eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem
secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante
consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo
intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
Fígado
É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais
volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na
mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e
recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito
da cavidade abdominal.
|
O tecido hepático é constituído por formações
diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células
hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos
quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para
formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar,
forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as
substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem
como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito
versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a
partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de
proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas
outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação
no fígado, como a cirrose.
Funções do fígado:
·
Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento
das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;
·
Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as
quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de
necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são
relançadas na circulação;
·
Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
·
Metabolizar lipídeos;
·
Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue,
de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de
oxigênio e gorduras;
·
Degradar álcool e outras substâncias tóxicas,
auxiliando na desintoxicação do organismo;
·
Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou
anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento
castanho-esverdeado presente na bile.
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento
e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior
do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado
por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda
afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de
Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal
colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente
imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino.
|
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em
estruturas reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados
através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor
maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina
e glucagon, já trabalhados no sistema endócrino.
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O Apêndice
O
intestino delgado é constituído pelo duodeno, o jejuno e o íleo, sua parte
distal, e se liga ao intestino grosso pela junção ileocecal, onde existe uma
válvula para impedir o retorno do bolo alimentar.
Logo abaixo da junção
ileocecal, na região em que o cólon forma um fundo cego chamado ceco, está o
apêndice, um pequeno órgão linfático parecido com o dedo de uma luva. De
comprimento variável, dificilmente ele ultrapassa 8 cm. O apêndice é dotado de
grande quantidade de glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo.
VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecido com uma pera,
localizada abaixo do lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile,
líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino.
A bile é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o
colesterol, responsável pela imensa maioria da formação de cálculos (pedras na vesícula), que podem impedir o fluxo da bile
para o intestino e causar uma inflamação (colecistite).
Reto e Ânus
O reto é uma câmara que
começa no fim do intestino grosso, imediatamente a seguir ao cólon sigmoide,
acabando no ânus. Normalmente, o reto está vazio porque as fezes são
armazenadas mais acima, no cólon descendente. Quando o cólon descendente se
enche, as fezes passam para o reto estimulando a defecação. Os adultos e as
crianças mais velhas podem aguentar este estímulo até chegar à casa de banho.
Os bebés e as crianças de curta idade não têm o controlo muscular necessário
para atrasar a defecação.
O ânus é a abertura que
existe no fim do trato gastrointestinal, pela qual os materiais residuais
abandonam o organismo. O ânus é formado em parte pelas camadas superficiais do
organismo, incluindo a pele, e, em parte, pelo intestino. É revestido por uma
camada formada pela continuação da pele. Um anel muscular (esfíncter anal)
mantém o ânus fechado.
Referências:
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